Por um lugar na decisão da Copa das Confederações, Brasil e Uruguai se
enfrentam nesta quarta-feira, às 16h (de Brasília), no Mineirão, um
estádio inaugurado justamente com um amistoso entre as duas seleções.
Foi em 6 de setembro de 1965, e os brasileiros venceram por 3 a 0. E com
um detalhe que hoje soa para lá de curioso: a Seleção foi representada
pela equipe inteira do Palmeiras. Até o treinador era do Verdão – o
argentino Filpo Nuñez, que, assim, se tornou o único estrangeiro a
comandar o time do Brasil. Rinaldo (de pênalti), Tupãzinho e Germano
fizeram os gols da vitória brasileira.
Tupãzinho foi o autor de um dos gols do Brasil sobre o Uruguai (Foto: Divulgação / Arquivo Palmeiras)
A decisão de convidar o Palmeiras para representar a Seleção no
amistoso partiu da antiga CBD (Confederação Brasileira de Desportos). O
time alviverde era uma das grandes potências do futebol brasileiro na
época, ao lado do Santos, de Pelé, e do Botafogo, de Garrincha. Entre os
destaques da equipe estavam alguns dos maiores ídolos da história do
clube, como o lateral-direito Djalma Santos, bicampeão mundial (58 e
62), o goleiro Valdir de Moraes, o zagueiro Valdemar Carabina, o
atacante Julinho Botelho e os meio-campistas Dudu e Ademir da Guia.
- O Palmeiras era um time praticamente imbatível naquela época, assim como o Santos – recordou Valdir.
Pôster mostra a seleção formada para a partida contra o Uruguai (Foto: Divulgação / Arquivo Palmeiras)
- Chamaram o Palmeiras porque o Santos estava numa excursão no
exterior. Como o amistoso foi marcado muito em cima da hora, não fizeram
uma seleção, resolveram levar o time inteiro do Palmeiras, que era o
único que rivalizava com o Santos naquela época – emendou Dudu.
Troféu entregue após a partida de inauguração do
Mineirão (Foto: Divulgação / Arquivo Palmeiras)
Os ex-jogadores falam com muita emoção daquela partida.
- Defender a Seleção é uma honra, mas defender a Seleção com seu time
do coração... é uma emoção que não se esquece jamais – disse Valdir.
Os dois lembram com carinho da emoção do treinador Filpo Nuñez, que
morreu em 1999, aos 79 anos, em São Paulo, lembrando sempre da honra de
ter sido o único estrangeiro a comandar a seleção brasileira.
- Ele só ficou bravo porque na foto oficial do jogo, feita com os
jogadores em fila, ele ficou por último e quase não aparece – recordou
Valdir, aos risos.
A reportagem completa, com vídeo, você acompanha no programa Globo
Esporte desta quarta-feira, a partir das 12h50 (de Brasília), na
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